terça-feira, 20 de novembro de 2012

Comigo mesma.


    "Viu só?" Disse pra mim mesma. "Há 40 minutos você achava que nunca ia parar de chorar, há uma hora achava que nunca ia querer parar de dirigir e há duas horas que nunca ia querer levantar. Já se superou três vezes hoje!"
    Respirei bem fundo sentindo o sol queimar meu rosto lentamente, e a superfície da água tocar minha pele enquanto eu boiava tentando me encher de orgulho e alívio, me esforçando para esvaziar o zumbido na minha cabeça. Alguns dias são bons, outros nem tanto... mas não estou sofrendo. Sofro às vezes e ponto... passa.
    Agitei meus braços e olhei para as nuvens de algodão doce no céu. "Ótimo", pensei enquanto minha barriga roncava, "agora são quatro vezes". E para quem tinha passado o dia com um pedaço de pizza e uma cenoura ralada, fome às quatro da tarde era mesmo uma vitória.
    Onde quero chegar? Atravessei a piscina, me apoiei na borda e fiquei olhando uma gota que escorreu do meu braço. Tocou a pedra e foi caminhando rapidamente pelo rejunte, ate que se dividiu em duas, perdendo velocidade... os dois lados continuaram seguindo e eu achei que se encontrariam de alguma forma no ralo. Mas um lado secou.
    "Que droga de lado!", pensei. Por quê diabos tinha de secar?


Nenhum comentário:

Postar um comentário